terça-feira, janeiro 20

goulash é cousa do passado

deu no terra:

hungria - a urologista judit csorba, do hospital kenez gyula, em debrecen, exibe a pedra de 1,125 kg que foi retirada do rim do paciente sandor sarkadi.

bom, ao menos era lisinha, néam.

os homens preferem a mardita

na calçada de uma célebre rua do bairro mais boêmio da sorridente capital, três moçoilas esperam amigos que estão chegando para encerrar a noite de sexta no apartamento de uma delas. cada uma apóia (blé, reforma ortográfica!) nos braços uma garrafa lacrada de bom vinho ou espumante.

em cinco minutos, não mais do que só 300 segundos, cinco marmanjos, um deles com a parceira enganchada pelo braço, sugerem no mesmo tom sacana:

- e aí, gurias, vamos abrir essas garrafas e beber juntos?

um deles chega até a dar a senha para o início dos trabalhos:

- querem um gole? é uísque com red bull.

salto alto? loirice farmacêutica? transparências? bundão empinado? depilação à brasileira?

nada disso, amigas - foi-se o tempo em que pra atrair o macharedo o mulherio se puxava no visual. se a prezada quer arrumar diversão pra uma noite, é só brandir uma garrafa de birita em qualquer calçada notívaga deste mundo de meu google.

chove homem, creiam-me.

domingo, janeiro 11

te cuida, google

doktor avalanche me arrebata

sexta-feira, janeiro 9

it's easy to remember

histericamente feliz, pesquei de dentro da meia natalina o balofo volume de 1001 discos para ouvir antes de morrer (ao que retrucaria minha rigorosa mãezinha: 'e tem como ouvir depois de morrer?'). seja como for, o livrão tem feito as vezes de alcorão pra esta descrente que vos entretém.

e, depois de excomungar o editor robert dimery por não haver incluído no compêndio um só bolachão das breeders (mas não haver se furtado de citar excrescências do calibre de dolly parton e christina aguilera), amansei meus demonhos e ora emito gritinhos de júbilo a cada redescoberta. como a de lady in satin, diamante lançado pela olímpica lady day em 1958, que há tempos não gastava de escutar e agora voltou com fôlego phelpico pra debaixo do feixe de laser.

azar dos vizinhos. os arranjos do há poucos meses apresuntado ray ellis, combinados à ferida aberta a que remete a voz da sacrossanta eleanor fagan gough, só ganham reais contornos de bálsamo se saboreados no talo. e assim tem sido - you've changed, the end of a love affair, glad to be unhappy, i'm a fool to want you, for heaven's sake e demais jóias soando qual soco nos tímpanos da vizinhança pagodeira. lá de cima, billie aprova, tenho a mais pétrea convicção.

quinta-feira, janeiro 8

rosa-choque

sabe-se lá por que capricho sináptico, dia desses me lembrei d'algo perturbador: aos 15 anos, pouco antes de virar uma headbanger loucona, ganhei de mamãe um quarto todinho cor-de-rosa.

cama, mesa-de-cabeceira, cadeira, cabideiro, tudo infernalmente barbie. e o mais estarrecedor: fui eu mesma quem escolheu a doçurinha - que, convém dizer, conservei até os 24 ou 25 anos, já 100% avessa a delicadezas cromáticas, entre outras.

então que, desde lá, deletei completamente das idéias (blé, reforma ortográfica!) o meu cafofo rosado. deve ter sido trauma, vai saber. bloqueei geral. um choque, prezado, puro mecanismo de proteção. que a mente perversa encerra mistérios insondáveis. uh.

quinta-feira, janeiro 1

primeiro do ano