eu tô aqui?
aterrisso em congonhas e minha anfitriã não está lá. dou um tempo no saguão e logo ela atravessa bem na minha frente, sem me ver. dani pára diante dos painéis de chegada e fica olhando as letrinhas com uma cara perdidaça. estaciono ao lado dela, falo qualquer coisa, ela se vira, leva um susto e me diz:
- que tu tá fazendo aqui? tu não pode estar aqui, teu vôo ainda não chegou!
sabe aquela sensação de despertencimento? me gelou os ossos dos pés à cabeça. se eu não tô aqui, como é que eu me sinto aqui? será que o avião caiu e eu agora sou só um espectro? rarararararara! nada disso. eu tô é bem viva, foi só a danielucha, baita louca, que meteu na cabeça que eu vinha noutra companhia, cujo vôo chegava meia hora mais tarde.
inda bem, porque não conheço - e continuo não conhecendo, ora pois! - uma emergência psiquiátrica bacana em são paulo...
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