sexta-feira, novembro 17

bienal gigantesca

impossível palmilhar toda a 27ª bienal de são paulo num único dia. fiz merda, reservei só o domingo pra ir ao pavilhão do ibirapuera e, claro, não consegui ver tudo o que queria. mas o que não me escapou aos olhos foi absolutamente encantador. semi-ignorante no assunto, arrisco dizer que a lisette lagnado foi trifeliz na seleção do tema ('como viver junto' é uma trilha bacana a ser seguida pela bienal da maior cidade sul-americana) e na convocação dos artistas.

o hermano león ferrari, que já imprimiu sua marca na bienal de porto alegre (dita do mercosul), foi o cara que mais me chamou a atenção, com uma estética que soa divertidamente agressiva à moral cristã - o sujeito sacaneou legal imagens de santos católicos, inclusive o outrora intocável jc, com putaria, sadomasoquismo, nojeiras, bestialismos e empalamentos. puta gênio, meu!

e o mais bacana foi perceber que a nossa incipiente bienalzinha, que completa uma década - e seis edições - no ano que vem, não deve quase nada à quase sexagenária coirmã paulistana. somos pobres, mas somos limpinhos, consistentes e dignos, viu?

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