meu querido maldito
da outonal berlim, pelos sempre bem-vindos scraps da talentosíssima e agradabilíssima fernanda farah, chega a dica literária que arejou meu final de semana: campos de carvalho, a chuva imóvel.
bacana foi descobrir de bate-pronto, na surpreendente biblioteca da eva, um voluminho do homem, datado de 1977 e com capa ilustrada pelo jaguar, já meio trôpego (o livro...), mas ainda muy legível, com o inspirador título retratado ali em cima. só não devorei mais rápido porque ele tá se despedaçando, o pobre, e porque ontem passamos o dia dizendo bobagens sobre a grama verde da redereca.
sei, entretanto, que quando eu virar a última página, campos de carvalho estará entre os meus dez escribas favoritos. não imagino quem vai ceder a vaga, nem em que lugar o uberabense vai se acomodar, mas que ele vai pro topo não tenho qualquer dúvida. ou tem outro lugar pra colocar um cara que escreve isto?:
'é verdade que nem todos lêem a minha verdade plural, escrita em linguagem simples, e eu não me sinto obrigado a dizê-la de viva voz, como quem recita uma lição de catecismo; eles que me leiam sem complicações, como se eu fora apenas um homem e não um poço de hieróglifos.'
2 comentários:
ferfar, a capa já desbunda, né? o livrinho é da eva, amada leitora voraz que mora comigo. a criatura tem títulos que até deus duvida, precisa ver! e a estante, coitada, vive uma comovente crise existencial, porque já não sabe a quem pertence... rarara!
não tem prefácio, não, embora a contracapa traga um trecho do texto do jorge amado que abre a edição francesa do livro. como eu não morro de amores pelo pai da gabrielacravoecanela, nem me importei, sas?, ainda que deva confessar (vou falar bem baixinho...) que achei bacanas as palavras do baiano sobre o campos. depois te conto.
e venha sempre, viu? see ya!
Então... tsc, tsc, tsc. De onde messs
que é o tal do escritorzim? MG? Hmmmmmm... ou pensou que só no RGS tinha gente boa?
Abraçãozãozão da Dal.
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