sexta-feira, setembro 22

vyasa e a geração gótica

e, lá pelas tantas, o mahabharata manda assim:

'só é feliz quem perdeu toda a esperança; porque a esperança é a maior tortura que há, e o desespero, a maior felicidade'.

trata-se da célula fundamentalista de uma velha estratégia de vida, daquelas a qual recorro quando o tempo fecha:

'melhor esperar o pior do que quebrar a cara'.

uns chamam de pessimismo. eu não sei se é bem isso, que, no fundo, não sou lá tão fatalista quanto pareço. e até desconfio que comecei a ficar melancólica depois de anos a fio escutando bauhaus, sisters, cure e dead can dance.

é, os 80 nos deprimiram, mas não troco minha soturnez por um mícron que seja de felicidade axé-pagodim-baba dos sertões.

bela lugosi's dead, baby! viva!

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