terça-feira, janeiro 30

casa, comida e liberdade

no sítio, a elena pendurou um monte de casinhas pros passarinhos se achegarem quando precisam de abrigo. tem uns porongos ocos com palhinha dentro, além de minicondomínios pros voadeiros. tem também reservatórios de água e de alpiste, tudo suspenso em lugares acessíveis, na rota de pouso dos pequenos penosos. pra usufruir da hospedaria e da comilança, eles só precisam superar o medo dos dois pretossauros que guardam o paraíso. diante da tentação, a maioria é corajosa e nem dá bola pras bocarras descomunais. se eles soubessem de quantos marrecos e galinhas, entre outros vertebrados, a dupla já deu cabo...

também descubro que foi-se o tempo em que, pra atrair beija-flores, o povo usava aquela agüinha açucarada artesanal. nanananana! agora existe néctar industrializado e, diz o fabricante, nutricionalmente balanceado pra garantir o frenético bater d'asas. é só diluir um pozinho colorido na água, encher uma ampola gigante que tem na base umas florezonas espalhafatosas e esperar a farra. eu vi um colibri sair pesado depois de uma refeição que durou bem uns cinco minutos: metia o bico pontudo no miolo de cada uma das quatro flores e sugava longa e vigorosamente a bebida cor-de-maravilha; fez assim até se empanturrar da doçura. pelo tanto que bebeu, deve ter ido direto pra uma sessão do aa. guloso, mas livre, como deveria viver toda passarada.

3 comentários:

Marcia disse...

aaiiiii... puxa, aiiii...

Telejornalismo Fabico disse...

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passarinho livre é o que há, não tenho dúvida.



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Maroto disse...

pede pra elena deixar também uma carniça para os urubuzinhos, vai